Sunday, February 21, 2010

República Checa

Depois de Cracóvia, tomamos um trem para Praga, capital da República Checa.

O trem foi uma experiência a parte. Sobrevivente dos tempos comunistas, o trem era bastante antigo e foi um pouco aterrorizante no começo, mas definitivamente interessante, que permitiu imaginar um pouco como as viagens eram realizadas anteriormente.

Praga é um dos mais belos e antigos centros urbanos da Europa, com milhares de anos de historia.
Vários impérios de diversas partes da Europa ocuparam Praga durante algum período. Após o fim do império Austro-Húngaro, Praga se tornou a capital da antiga Checoslováquia. Durante a segunda guerra mundial, o país virou parte do império Nazista e mais tarde tomada pelas tropas da União Soviética e apenas em 1992, com a dissolução dos laços que uniam checos e eslovacos numa federação única, Praga deixou de ser a capital da Checoslováquia e passou a ser capital da República Checa.

Com tanta história, Praga possui uma arquitetura que fascina. E não são apenas alguns poucos prédios, mas uma grande concentração de monumentos espalhados pela cidade. O castelo de Praga e a famosa ponte de St. Charlie são outros pontos imperdíveis!

Por tantas razões, Praga recebe turistas do mundo inteiro. Nas ruas, eu ouvia brasileiros em cada esquina. É uma cidade internacional, e especialmente durante o Ano Novo era mais fácil encontrar alguém do Cazaquistão do que um Checo!

As ruas estavam lotadas, enfeitadas e mesmo com tanto frio, todo mundo queria aproveitar as belas paisagens de Praga. E é imperdoável deixar de comer o típico “cachorro quente” com a salchicha e mostarda checa, a pizza de alho e o pão doce enrolado.

E claro que o Igor tinha que se perder no meio de Praga, na véspera do ano novo! Sem o endereço da casa onde eu fiquei hospedado e sem celular! Muitas poucas pessoas falam inglês, então demorou um tempão para eu conseguir ajuda, mas finalmente, cheguei em casa para a ceia!

E depois, a meia noite, fomos para uma das pontes sobre o rio que corta a cidade para assistir a queima de fogos. Uma experiência diferente: Ao invés de praia e calor, ficamos em uma das várias pontes em um rio quase congelado, esperando os barcos com os foguetes... E o frio? Bom, com tanta muvuca de gente, já não se sentia mais nada! :-)


Passei um tempo muito bom. Fiquei hospedado na casa dos parentes da Ewa, que são checos. Então com certeza foi muito melhor do que ficar em Hotel, porque eu pude experimentar um pouco da realidade local e ouvir suas historias.

Eu adorei visitar Praga e todos com quem eu me encontrava me prometeram que durante o verão é muito melhor. A cidade com certeza entra para a lista das minhas favoritas e deixa a gente com vontade de quero mais...

Saturday, February 13, 2010

Polônia!


Com apenas um pouco mais de 1 mês na Suécia, já tive a pausa para as festas de fim de ano, então decidi viajar para a Polônia, afinal, passar as festas sozinho aqui na minúscula cidade de Jönkoping, onde tudo fecha às 3 da tarde, não era uma boa opção!


Cheguei em Gdánsk, onde mora a Ewa, minha amiga polonesa com quem morei por 1 ano no Equador (e que até foi visitar Curitiba em 2008!). Foi ótimo experimentar um típico natal europeu, cheio de neve, pinheirinho, grande ceia em família e troca de presentes.




Os poloneses são um povo bastante católico e respeitam muitas das tradições. Durante a ceia repartem algo parecido com a hóstia e não comem carne. Um prato bastante exótico é o Arenque, que é um tipo de peixe que se come cru. Eles “cozinham” o peixe no sal e temperos apenas. Tem um gosto bastante diferente, e dependendo do tempero utilizado, até que fica gostoso, ou pelo menos comestível.




Gdánsk é uma cidade muito importante, por sua localização estratégica no mar Báltico e cheia de história. Foi totalmente destruída durante a Segunda Guerra Mundial e reconstruída pelos comunistas da antiga União Soviética. É incrível imaginar que a cidade inteira foi devastada e reconstruída em tão pouco tempo. Isso mostra a forca do povo local, reconhecido por serem bastante lutadores. Muitos consideram que o fim da guerra e mais tarde, a queda do comunismo começou em Gdánsk.



Depois das festividades, milhares de almoços, jantares e comida e bebida por todos os lados, partimos de trem para Varsóvia, a capital da Polônia. Varsóvia é quase como qualquer outra grande cidade atual. Cheia de edifícios comerciais, lojas e trafego. Ficamos 1 dia na cidade, conhecendo os pontos principais e partimos para Cracóvia.














Cracóvia foi minha cidade favorita na Polônia, por ter sido no passado a capital do País, possui um “ar” mais histórico e cultural. É possível visitar o castelo onde moraram os antigos reis da Polônia, o centro histórico, o bairro onde os judeus foram confinados durante a segunda guerra.




Depois de algum tempo na Polônia, eu percebi que todo lugar que eu ia, havia alguma relação com a Segunda Guerra. E é fácil de entender por que.

A Polônia foi totalmente devastada pelas tropas nazistas e palco do maior holocausto, e tudo isso não faz muito tempo. A história do país foi bastante triste, cheia de disputas territoriais e conflitos, e isso reflete no dia a dia atual. Eu perguntei a um guia porque eles faziam tanta questão de relembrar esses momentos terríveis, com tantos memoriais espelhados pelo país. A resposta foi: além de homenagear os heróis que perderam suas vidas lutando pela liberdade, queremos que os visitantes reflitam e se eduquem, para que nunca mais deixem que algo parecido aconteça.

Hoje a Polônia mostra sua forca. Desde 1989 quando se libertou dos laços comunistas, o país começou a crescer e foi o único país europeu que teve um PIB positivo durante a recente crise mundial. Estão recebendo pesados investimentos (inclusive a Husqvarna começou a construir uma fabrica lá) e em poucos anos estão recuperando o tempo perdido durante décadas.





Perto de Cracóvia existe o famoso campo de concentração de Auschwitz, porém a Ewa não quis ir lá, dizendo que seria muito traumático para ela. Então decidimos ir para Zakopane, a capital do inverno, onde é possível ver a vida típica das montanhas polonesas. Foi divertido, embora não teve neve nestes dias e a capital do inverno perde um pouco sua graça sem neve!




Eu aproveitei Zakopane, mas para uma turista latino, eu preferia ter ido para o campo de concentração e prometi pra mim mesmo que iria voltar um dia para visitar Auschwitz. Definitivamente não é algo prazeroso, mas com certeza, uma experiência humana que todos deveriam passar pelo menos uma vez na vida, para sentir o que os antepassados sofreram e refletir sobre nossas ações.






É difícil escrever em um pedacinho de texto tudo o que eu vi e experimentei na Polônia, mas com certeza, levarei muitas memórias e lições comigo, durante muito tempo.


Próximo post: Ano Novo na República Checa.




Saturday, February 6, 2010

Suécia!


Depois de mais de 2 anos sem um post, o blog volta à ativa!


Dia 14 de Novembro (2009) cheguei em Estocolmo para uma nova aventura. Fui selecionado para participar do programa internacional de traineeships da Husqvarna, realizado em parceria com a AIESEC.

Hoje mais de 2 meses se passaram desde que eu deixei o Brasil para vir para a Suécia e até o momento posso dizer que tudo está valendo muito a pena.
O país em si é muito bonito, com muita história. As pessoas são muito amigáveis e todos falam inglês (ainda bem, porque estou sofrendo para aprender o sueco! Me registrei em um curso, mas é complicado!).


Estou trabalhando na fábrica da Husqvarna, em uma cidade chamada HusKvarna, onde a empresa teve sua origem à 320 anos atrás. Essa cidade fica na região "metropolitana" de Jönköking, onde eu moro.
Eu alugo uma casa com outros 5 estudantes suecos e 1 menina polonesa que participa no mesmo programa que eu.

Por ser um país Nórdico, na Escandinávia, geralmente faz bastante frio. Esse ano, para minha sorte, ou azar, fez tanto tanto frio, que não se via desde 1865! Por todo lado que eu olho está branco, coberto de neve.

Além do frio, durante o inverno temos muitas poucas horas de sol por dia. Amanhece por volta das 9 e escurece por volta das 3. Em algumas regiões mais ao norte, o sol não nasce nunca, é escuridão o dia inteiro!



A comida é normal, sem muitas raridades se comparada ao Brasil. Porém, carne, frutas e vegetais são muito mais caros, então come-se muito mais peixe e vegetais congelados.

O custo de vida é alto, mas não tanto quanto eu esperava. Algumas coisas como transporte, esportes, internet, são mais baratos aqui do que no Brasil.

Abaixo eu coloquei algumas fotos da jornada. Até agora eu conheci, além de Jönköping, uma cidade chamada Linköping, Lund e Gotemburgo. Planejo viajar mais durante o verão ou primavera. Por agora, 10 minutos andando na rua é suficiente para fazer você parar de sentir seus dedos!


Durante esses meses também viajei para Polônia, República Checa e Alemanha. Mais informações nos próximos posts!


Jogo de Hóquei. Equipe Huskvarna, posição n.1 na tabela do campeonato nacional!




Lago Vëttern